O deputado federal Celso Russomanno (Republicanos) tem um incentivador improvável na tentativa de atrair Jair Bolsonaro para sua campanha à prefeitura: Bruno Covas (PSDB).
Apoiadores do tucano têm dito que o endosso explícito à candidatura do apresentador de TV traria consigo a rejeição que o presidente carrega na capital, que avaliam como alta.
Levantamento do Datafolha em agosto mostrou que 39% dos moradores do Sudeste consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo.
Outros 24% o veem como regular e 36% acreditam ser bom ou ótimo. Para os tucanos, um cenário menos confortável seria o suporte velado do presidente, que facilitaria que Russomanno conquistasse votos fora do círculo bolsonarista.
Os concorrentes de Covas não enxergam da mesma forma. Para Arthur do Val (Patriota), Russomanno vai ganhar mais expressão caso receba apoio significativo do presidente. Orlando Silva (PC do B) concorda: "dá projeção a ele e passa a ser um candidato forte para o 2º turno".
Márcio França (PSB) diz acreditar que a chancela de Bolsonaro prejudicaria sobretudo Covas, que, em sua visão, perderia votos dos que em 2018 receberam o apelido de "BolsoDoria", ou seja, de tucanos com inclinação à direita. "Pode tirá-lo do 2º turno".
TIROTEIO
Prender quem não oferece qualquer risco à sociedade é questionável. Fazer isso em plena pandemia é desumano!
De Ticiano Figueiredo, presidente do Instituto de Garantias Penais, sobre Fux dizer que prisão por corrupção deve ser mantida na pandemia
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