Conhecido como filial do gabinete do ódio do Palácio do Planalto, o escritório do deputado Douglas Garcia (PTB, ex-PSL) na Assembleia de São Paulo pode se expandir em novembro. Cinco servidores, incluindo o chefe de gabinete, pediram exoneração para disputar as eleições. Eles estão na mira do Ministério Público em inquéritos sobre o uso da estrutura da Assembleia para disparar ataques contra adversários e para elaborar um dossiê contra supostos membros de grupo antifascista.
Três ex-assessores vão concorrer a vereador em Campinas, Sorocaba e Ribeirão Preto. Rodrigo Ribeiro (PRTB) disputará a Prefeitura de Araraquara. E o ex-chefe do gabinete, Edson Salomão (PRTB), se lançou à Câmara de São Paulo. Ribeiro e Salomão também foram investigados no inquérito das fake news do STF.
O deputado e seus assessores são membros do Movimento Conservador, que apoia Jair Bolsonaro. Fundado em 2016 e com 2.200 membros, o grupo vai lançar 26 nomes a vereador em 25 cidades do interior de São Paulo.
Sonaira de Santana (Republicanos) pediu exoneração do gabinete de Gil Diniz (PSL), também bolsonarista, para concorrer a vereadora na capital. Ela foi funcionária de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) na Câmara e, como mostrou a Folha, integrou um grupo de auxiliares do deputado estadual criado para espalhar memes e ataques a políticos.
"Acho maravilhoso que sejam candidatos. Tudo que fiz, eles poderão fazer como vereadores, denunciando, fiscalizando, processando quem tiver que ser", afirma Garcia. Sobre as investigações, diz que se trata de perseguição do deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP). Salomão afirma que o STF arquivou suspeitas contra ele.
Nesta sexta (4), a Justiça de São Paulo determinou que o Twitter remova dois vídeos publicados por Douglas Garcia em que ele fala sobre um dossiê com informações de pessoas que julga fazerem parte do grupo Antifa, de antifascistas.
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