O olavista Felipe Cruz Pedri foi nomeado secretário de Comunicação Institucional do governo Jair Bolsonaro (sem partido) nesta sexta-feira (11).
Em sua postagem mais recente nas redes sociais, ele mostrou que, em relação ao tema das queimadas na Amazônia, deverá adotar a estratégia do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de negar a existência do problema.
"Nós temos que salvar a Amazônia sim, da desinformação", escreveu Pedri.
Sob o governo Bolsonaro, o desmatamento na Amazônia cresceu 34% de agosto de 2019 a julho de 2020 em comparação com o mesmo período anterior, segundo dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Mesmo com o Exército atuando na região, a Amazônia teve o segundo pior agosto de queimadas dos últimos dez anos.
Conhecido como seguidor fiel do escritor Olavo de Carvalho, Pedri foi um dos autores do manifesto de fundação do Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro tenta criar.
A peça, publicada em novembro de 2019, é marcada pela exaltação aos "patriotas do passado, do presente e do futuro, unidos por um vínculo moral e de lealdade à pátria", pelo combate ao que chamam de "globalismo", pela crítica à intervenção do Estado na economia e pelo repúdio ao que nomeiam "ideologia de gênero" e ao aborto em quaisquer circunstâncias.
Pedri fez parte do governo Bolsonaro desde o começo de 2019 até abril de 2020, quando foi exonerado do cargo de assessor da Casa Civil pelo ministro Braga Netto. Dias depois, foi nomeado para o gabinete do senador Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Ele agora trabalhará na pasta do ministro Fábio Faria, das Comunicações, e junto a Fabio Wajngarten, secretário-executivo da pasta.
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