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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu STF

Kassio Nunes já tem votos no Senado para ser ministro do STF mesmo antes de sabatina

Levantamento do Painel com os senadores mostra que 44 dizem pretender votar no desembargador

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O desembargador Kassio Nunes tem hoje os votos de que precisa no Senado para se tornar ministro do STF. Levantamento feito pelo Painel com os 81 senadores mostrou que ao menos 44 dizem pretender votar a favor do indicado de Jair Bolsonaro —ele necessita de 41.

Oito senadores disseram que votarão contra Nunes, e os demais preferiram não comentar ou afirmaram que vão esperar a sabatina da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), marcada para quarta-feira (21).

Antes da votação em plenário, com todos os senadores, ele precisará de 14 votos dentre os 27 membros da CCJ após a sabatina. Dezessete deles disseram ao Painel que pretendem aprová-lo. Os votos são secretos.

Ainda que a margem para os 41 votos pareça estreita, diversos senadores que se dizem indecisos têm conversas marcadas com Nunes nos próximos dias. O desembargador tem tido sucesso em sua estratégia de convencimento nessas interações: ao menos cinco de seus 44 prováveis eleitores destacaram para o Painel as ligações ou lives com ele como pontos a favor.

No PT, Nunes é praticamente unanimidade: dos seis senadores, cinco disseram-se favoráveis. "É equilibrado, não é do time do ódio. Para a harmonia dos poderes, não terá dificuldades", disse Paulo Paim (PT-RS). Jean Paul Prates (PT-RN) não respondeu. A mulher de Nunes, Maria do Socorro, foi por oito anos funcionária comissionada de senadores do PT (nenhum dos atuais).

"O fato de ser um nome distante do perfil 'bozo', negacionista e ultraconservador, surpreendeu positivamente", afirmou Cid Gomes (PDT-CE). "É experimentado, um nordestino, e o Supremo precisa de melhor distribuição geográfica", acrescentou Fernando Collor (Pros-AL). Jaques Wagner (PT-BA) também mencionou a questão regional.

O Painel também perguntou aos senadores se eles veem movimento em curso contra a Lava Jato ou contra investigações de corrupção. Dos 58 que responderam, 32 disseram que não e 15, que sim. Os demais afirmaram não saber ou não comentaram.

"Isso não existe. Não tem como retroceder. O Ministério Público e a Polícia Federal vão sempre tomar as providências cabíveis. A operação Lava Jato é concreta, ninguém vai mudar sua história", disse Omar Aziz (PSD-AM).

Styvenson Valentim (Podemos-RN) diverge: "O desmantelamento do combate à corrupção não é nada velado até aqui. Mudança no Coaf, aprovação de PL que desfigurou o pacote anticrime, e morosidade do parlamento sobre a prisão em segunda instância. Estamos na mão errada da intenção para qual muitos novos parlamentares foram eleitos".


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