Paulo Guedes (Economia) perdeu pontos tanto entre investidores do mercado financeiro quanto entre parlamentares na última semana.
Enquanto o primeiro grupo passou a enxergar maior fragilidade do ministro e dificuldade em avançar em temas importantes para dar sobrevida ao teto de gastos, como a PEC emergencial, congressistas usaram termos como “trapalhão” e “bêbado na ladeira” para descrever como ele lidou com as divergências políticas em público.
A saída do ministro não está nas contas de investidores, mas a alta do dólar e dos juros também refletiu um sentimento de que, mesmo que fique no governo, Paulo Guedes pode não conseguir entregar as reformas. Ainda não se vislumbra a construção de um substituto.
Apesar de não parecer, integrantes da ala política do governo dizem nos bastidores que “não haverá fura teto”. Nada diferente do que vem dizendo Paulo Guedes (Economia).
Embora seja o desejo do presidente Jair Bolsonaro que o valor pago pelo programa Renda Cidadã, ainda a ser criado, chegue a pelo menos R$ 300 —para se equiparar ao auxílio emergencial— há ministros no governo que acham impossível alcançar esse patamar.
TIROTEIO
Na briga entre Guedes e Marinho, parafraseando Dilma Rousseff, ninguém vai ganhar ou perder: todo mundo vai perder
Do deputado Marcos Pereira (SP), presidente do Republicanos, sobre o atrito entre os ministros da Economia e do Desenvolvimento Regional
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