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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Robinho se diz perseguido pela Globo como Bolsonaro e diz que vai marcar gol e homenagear presidente

Interceptações telefônicas mostraram jogador fazendo comentários jocosos sobre caso de violência sexual

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Em áudios enviados pelo aplicativo WhatsApp a amigos, o jogador Robinho, 36, se diz perseguido pela Rede Globo e se compara ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que, segundo ele, teria sido atacado pela emissora durante as eleições presidenciais de 2018.

A autenticidade dos áudios foi confirmada pela advogada do jogador, Marisa Alija.

Após intensa pressão de patrocinadores e torcedores, o Santos anunciou que o acordo que havia fechado com Robinho foi suspenso em comum acordo nesta sexta-feira (16).

Reportagem do site globoesporte.com (GE), do grupo Globo, revelou interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça italiana tidas como fundamentais para a condenação em primeira instância de Robinho por violência sexual de grupo.

Em novembro de 2017, o Tribunal de Milão julgou como procedente a acusação do Ministério Público italiano de que Robinho participou, com outros cinco homens, de violência sexual coletiva contra uma albanesa de 23 anos em uma discoteca de Milão. O episódio ocorreu em janeiro de 2013, quando ele tinha 28 anos e jogava no Milan.

Ainda segundo o Ministério Público, o grupo teria embebedado a jovem, que teria ficado inconsciente e sido levada para a chapelaria do estabelecimento, onde teria sido violentada múltiplas vezes.

"Bebeto, tô em paz, irmão. Como falei, Deus está me preparando para algo muito maior. No deserto, é nesses ataques que você se aproxima de Deus e se prepara. A gente tem N exemplos aí. Você viu o que fizeram com o Bolsonaro antes da eleição? O ataque que fizeram ao cara? Falando que o Bolsonaro era isso e aquilo? Que o Bolsonaro era racista, fascista, que era assassino? E quanto mais eles batiam no Bolsonaro, mais ele crescia. Então estou em paz mesmo, de coração. Não estou preocupado com eles", diz Robinho em um dos áudios.

"O bem sempre vence e a verdade vai aparecer. Os caras aí são pessoas usadas pelo demônio, né? A gente sabe como a TV Globo é uma emissora do demônio. É só você ver as novelas, as programações. Então eu estou em paz. Deus vai dar a vitória. Que se cumpra o propósito de Deus na minha vida. Meter gol neles, 'tamo junto'. Vou meter uma camisa quando fizer gol: 'Globo lixo, Bolsonaro tem razão'", completa o jogador.

Em outro áudio, Robinho afirma que não vai "desistir jamais"

"Fala para ele ficar tranquilo, esses ataques aí da Globo esses caras não vai (sic) me afetar, não, porque Deus está no controle de tudo, entendeu? Só blindar minha família dessas coisas porque a esposa, meus pais e os meus filhos são as pessoas que mais sofrem", diz o atleta.

"Mas eu estou tranquilo, entendeu? A gente sabe que essa emissora não é uma emissora que preserva coisas boas. Dão muita ênfase a coisas negativas. Então eles querem ganhar ibope. E obviamente o Santos não tem nada a ver com meus problemas pessoais. Mas eu vir para o Santos também ajuda, porque eles acham que o Santos é time pequeno e o Santos é gigante. Eles acham que os times grandes são só os de São Paulo, entendeu? Mas fala para o Marcelo que eu tô tranquilão. De boa, me preparando para entrar e meter gol", conclui Robinho.

Uma das transcrições reveladas pela reportagem do site globoesporte.com (GE) nesta sexta mostra Robinho em uma conversa com um dos outros acusados de envolvimento no crime dizendo que a vítima estava inconsciente: "Estou rindo porque não estou nem aí, a mulher estava completamente bêbada, não sabe nem o que aconteceu".

Em outra delas, o músico Jairo Chagas, que tocou na boate no dia em que ocorreu o caso, pergunta a Robinho se ele não transou com a mulher. O jogador nega, e Chagas diz: "Eu te vi quando colocava o pênis dentro da boca dela". Robinho responde que "isso não significa transar".

A defesa do jogador afirma que ele não cometeu o crime do qual é acusado e que, sempre que se relacionou sexualmente, foi de maneira consentida.​

A decisão do Tribunal de Milão ainda não é definitiva e foi contestada pelas defesas de Robinho e de Ricardo Falco, o outro acusado brasileiro no crime. Os advogados dos dois apresentaram recurso.

Robinho quando jogava no Milan, em setembro de 2013
Robinho quando jogava no Milan, em setembro de 2013 - Olivier Morin - 28.set.13/AFP

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