A campanha de Celso Russomanno (Republicanos) acionou a Justiça eleitoral para pedir a exclusão de publicações da concorrente Joice Hasselmann (PSL) e solicitar direito de resposta, mas teve os três pedidos negados.
Em publicações nas redes sociais, Joice mencionou que delatores da Odebrecht afirmaram que Russomanno teria recebido R$ 50 mil em caixa 2 nas eleições de 2010.
À época, segundo os delatores, o codinome utilizado para se referir a Russomanno no sistema de cobranças era "Itacaré".
O deputado disse na ocasião que eles estavam "falseando com a verdade".
Joice também publicou vídeo em que o deputado aparece ao lado de Dilma Rousseff (PT) e torna público seu apoio a ela em campanha presidencial. Ela colocou a legenda "patrulha da mentira" no material, ironizando o quadro de TV "Patrulha do Consumidor", de Russomanno.
“São Paulo merece uma prefeita que nunca desviou dos seus princípios. Está na hora de dar um basta na corrupção e nas mentiras que tentam fazer o povo acreditar. Honestidade na política tem jeito”, escreveu a deputada federal.
Em seus pedidos, os advogados de Russomanno argumentam que o material é "mentiroso" e ofensivo à honra. Além disso, estaria "passando a imagem que o representante seria mentiroso, corrupto e desonesto".
Em suas decisões, os juízes eleitorais Renato Perine e Guilherme Silva e Souza disseram não ver ofensa à honra de Russomanno e enxergaram no material apenas críticas pertinentes à disputa política.
"É da essência da disputa eleitoral o embate entre os candidatos para apresentarem-se como a melhor opção ao eleitor, sendo natural a manifestação desprestigiosa ao adversário, eventual destaque à atuação contrária àquilo que esse prega, divulgação de fato anterior que, para alguns, seria desabonador e, ainda, vinculação da imagem do candidato às condutas anteriores a fim de que este aparente não ser merecedor da confiança do eleitor", escreveu Perine.
Nesta sexta (9), Joice teve uma vitória na Justiça eleitoral e conseguiu a suspensão da exibição do material de campanha de Guilherme Boulos (PSOL) que contava com a participação do ator Wagner Moura.
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