O senador Ângelo Coronel (PSD-BA), relator da CPMI das Fake News no Congresso, disse ao Painel que o pedido da Polícia Federal para ter acesso a documentos das investigações é muito genérico e que pedirá que façam uma nova solicitação, detalhando quais são os documentos de interesse.
O Painel mostrou nesta terça-feira (6) que o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) levou dados à Polícia Federal que ligariam Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) pessoalmente ao esquema de ataques virtuais contra opositores da família.
Em depoimento na semana passada, no dia 29 de setembro, Frota apontou diversos números de IPs de computadores de Brasília e do Rio que teriam sido identificados como participantes de ações de disseminação de fake news na internet.
Segundo o parlamentar, os IPs estão ligados a um email oficial e a endereços do filho do presidente.
A PF, então, solicitou acesso aos documentos da CPMI ao senador Ângelo Coronel. A PF quer, primeiramente, confirmar o vínculo dos IPs com Eduardo.
Depois, a investigação vai buscar o conteúdo administrado por esses computadores, para poder afirmar se deles partiram de fato ataques contra opositores de Jair Bolsonaro (sem partido).
"Eles disseram que querem todo o material relacionado a ações contra instituições democráticas. É muita coisa que a gente produziu, um calhamaço enorme. Não dá para pedir tudo assim. Estou escrevendo pedindo que façam um novo pedido especificando o que desejam receber", diz o senador.
"Tudo o que produzimos na CPMI está no site, coloquei na internet. E tem uma parte dos documentos que está sob sigilo, no cofre", completa.
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