Apesar da derrota neste domingo (15) da maioria dos candidatos apoiados ou que se associaram a Jair Bolsonaro, aliados do presidente tentam emplacar a versão de ele não sai mais fraco. Segundo esse discurso, que veio à tona à medida em que as más notícias brotavam das urnas, o objetivo do presidente —que incluiu “lives eleitorais gratuitas” agora alvo do Ministério Público— nunca foi eleger alguém, mas manter coesa a base conservadora e evangélica.
“O resultado das eleições no Rio e em São Paulo é a maior prova de que o problema não foi Bolsonaro. [Marcelo] Crivella foi explícito em se declarar bolsonarista e teve um desempenho melhor [do que Russomanno]”, diz Sérgio Lima, marqueteiro de políticos de direita e do Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro tentou criar.
Para ele, a disputa no Rio ganhará relevância para a base bolsonarista no segundo turno, uma vez que ficará sem vitrine na eleição de São Paulo. Mas aliados do presidente projetam derrota de Crivella e, também por isso, acreditam que Bolsonaro manterá distância da capital fluminense.
O marqueteiro de Russomanno, no entanto, discorda. Elsinho Mouco vai na linha da oposição, que colocou o presidente como âncora. Ele disse ao Painel que a lealdade do candidato a Bolsonaro contribuiu para a derrota.
Para ele, três fatores levaram à derrocada do candidato que ele batizou de CR10: “assumir o CRmito, a pouquíssima estrutura financeira e o mínimo de tempo de TV tiraram o brilho e a chance”. “Assumir o CRmito”, explica, significa associar sua imagem à de Bolsonaro e não abandoná-lo ao perceber que a rejeição do presidente estava prejudicando sua candidatura.
Tiroteio
O Tatto não vai para Paris, vai para Perus ajudar o Boulos ganhar
Do deputado Alexandre Padilha (PT-SP) sobre o apoio do PT em SP, fazendo referência à abstenção de Ciro Gomes (PDT) em 2018
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