Elsinho Mouco, marqueteiro da campanha de Celso Russomanno (Republicanos), reconheceu que o candidato não tem mais chances de passar ao segundo turno na noite deste domingo (15), com quase 40% das urnas apuradas em São Paulo.
Para ele, três fatores levaram à derrocada do candidato que ele batizou de CR10: "assumir o CRmito, a pouquíssima estrutura financeira (e partidária) e o mínimo de tempo de TV tiraram o brilho e a chance de Russomanno".
"Assumir o CRmito", explica, significa associar sua imagem à de Bolsonaro e não abandoná-lo ao perceber que a rejeição do presidente estava prejudicando sua candidatura.
"Russomanno, além da marca de defensor do consumidor, sai dessa campanha com um atributo que não é tão natural na política: fidelidade, lealdade. Um candidato fiel a seu público, fiel a seu presidente", analisa Mouco.
Ele elogia as campanhas de Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSOL), que lideram a apuração até o momento.
"Depois da demonização da política, essa eleição resgata a política estruturada, a função do partido político sendo protagonista do resultado. Unidos e organizados os tucanos, mesmo com toda a rejeição do governador, souberam mobilizar os paulistanos", diz Mouco, que completa com análise do concorrente que superou seu candidato na reta final de campanha.
"O próprio Boulos soube unir um time, unir o discurso de esquerda e com uma boa organização de campanha. Só podia dar nisso: mobilização. Boulos sai maior que o petismo, o lulopetismo terá que se reinventar."
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