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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu Eleições 2020

Mulher e irmã de braço direito de Eduardo Bolsonaro acusado de fake news têm cargos na Assembleia de SP

Parentes de Paulo Chuchu trabalham no gabinete da deputada Valéria Bolsonaro e no da liderança do PSL

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A mulher e a irmã de Paulo Chuchu, braço direito de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e candidato a vereador em São Bernardo do Campo, ocupam cargos na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Paulo Eduardo Lopes, o Chuchu, teve seus perfis e páginas bloqueados no Facebook após ter sido apontado como um dos principais nomes de esquema de disseminação de fake news pró-Bolsonaro e contra seus críticos. Policial civil, ele foi secretário parlamentar no gabinete de Eduardo Bolsonaro até junho.

Como mostrou o Painel, Bolsonaro gravou vídeo em apoio à candidatura de Chuchu.

A farmacêutica Joyce Lopes, mulher de Chuchu, foi nomeada em outubro para o cargo de assistente da deputada Valéria Bolsonaro (PSL), com salário de R$ 6.318. Juliana Lopes, a irmã, também é assistente e trabalha na liderança do PSL desde o final do ano passado, quando o deputado Gil Diniz (sem partido), posteriormente expulso do partido, ainda era líder da bancada. Ela tem vencimentos de R$ 8.138.


Joyce disse ao Painel que já tinha histórico de trabalhos com política e por isso —e também por sua capacidade— foi escolhida pela deputada, que afirmou que a contratou por conhecê-la há muito tempo. Valéria Bolsonaro também disse que a formação em farmácia da assistente tem relação com as pautas de seu mandato, mas não especificou de que maneira.
Paulo Chuchu e sua mulher Joyce no casamento do deputado Eduardo Bolsonaro
Paulo Chuchu e sua mulher Joyce no casamento do deputado Eduardo Bolsonaro - Reprodução/Facebook

Chuchu foi apontado em levantamento do Facebook como um dos principais administradores de conjunto de páginas que disseminavam notícias falsas para exaltar Bolsonaro e atacar deputados, ministros do STF e jornalistas.

Paulo Chuchu registrou um site chamado Brazilian Post, que teve suas páginas no Facebook e Instagram removidas. Os sites promoviam a Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro tenta criar, e atacavam rivais dos bolsonaristas e a mídia.

Em agosto, o Tribunal de Justiça de São Paulo negou recurso apresentado por ele para reaver suas contas na plataforma.

Conforme revelado pelo Painel, dados da CPMI das Fake News mostrados pelo deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) à Polícia Federal ligariam Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) pessoalmente ao esquema de ataques virtuais contra opositores da família.

Em depoimento à Polícia Federal prestado em 29 de setembro, Frota levou diversos números de IPs de computadores de Brasília e do Rio que teriam sido identificados como participantes de ações de disseminação de fake news na internet.

Segundo o parlamentar, os IPs estão ligados a um email oficial do filho do presidente.

Segundo os dados levados à PF, alguns dos IPs foram identificados em computadores localizados em um imóvel no Rio de Janeiro na avenida Pasteur, no apartamento declarado por Eduardo à Justiça Eleitoral.

Um outro IP foi relacionado a uma casa no Jardim Botânico, em Brasília, onde o deputado mora.

O email identificado na utilização dos IPs, de acordo com Frota, é o bolsonaro.enb@gmail.com, o mesmo declarado por Eduardo no registro de sua candidatura em 2018

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