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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Para oposição e centrão, Maia ainda quer disputar a presidência da Câmara

Percepção consolidou-se após o deputado fazer acenos à esquerda em entrevista à Folha

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A entrevista de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à Folha consolidou a percepção em vários setores do Congresso de que ele não desistiu de tentar ser reconduzido à presidência da Câmara. O parlamentar declarou que Arthur Lira (PP-AL) é o candidato de Jair Bolsonaro (sem partido) à Casa e afirmou que não excluirá a esquerda de nenhum acordo que envolva sua sucessão. Para líderes da oposição e do centrão, o gesto teve como objetivo polarizar os deputados para assegurar apoio de um campo na briga.

A Constituição veda a reeleição de Maia. Há uma ação no STF para tratar do assunto. Embora o parlamentar negue publicamente essa opção, a aposta em partidos de centro e contra Bolsonaro é que, se conseguir uma saída jurídica, o deputado disputará de novo o comando da Casa.

Maia diz que há quatro ou cinco nomes que poderia apoiar na eleição do ano que vem. Para parlamentares, o fato de ele ainda não ter escolhido um deles cria um cenário para que o deputado diga, caso possa se lançar, que não houve consenso entre seus aliados e embarque na briga pela Câmara.

Para nomes importantes da esquerda, na entrevista, Maia quis amarrar o apoio do campo e construir uma narrativa que impeça os oposicionistas de votar em Lira sob pena de ficarem com a pecha de eleger um governista. A oposição na Câmara soma cerca de 130 votos de 513 e é considerada a fiel da balança na briga pelo comando da Casa em fevereiro de 2021.

O impasse em torno da instalação da CMO (Comissão Mista do Orçamento), uma prévia da disputa pela presidência da Câmara, não deve acabar tão cedo. Maia ofereceu um trato em que a bancada feminina ficaria com a relatoria do Orçamento em 2021 e em troca, seu aliado Elmar Nascimento (DEM-BA) presidiria o colegiado neste ano.

Pela ideia, Flávia Arruda (PL-DF), que representa o centrão na briga, seria a relatora, mas o acordo enfrenta resistência. A tendência é que só haja um desfecho quando as tratativas para a sucessão da Câmara tiverem resolvidas entre os dois grupos.

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