Uma vez descartada a reeleição de Davi Alcolumbre (DEM-AP) pelo STF, o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), afirma que deve ser retomado o critério da proporcionalidade dos partidos na escolha do próximo presidente da Casa.
O MDB é a maior legenda, com 13 senadores. Mas perdeu a eleição em 2019 em razão da pressão do governo Jair Bolsonaro pelo nome de Alcolumbre e de uma divisão interna.
Dessa vez, Braga afirma que o MDB está unido e decidirá sem pressa o nome de consenso que representará a sigla.
Entre os possíveis candidatos, está o seu próprio nome, além de Eduardo Gomes (MDB-TO) e de Fernando Bezerra (MDB-PE), líderes do governo no Legislativo, e de Simone Tebet (MDB-MS), presidente da Comissão de Constituição e Justiça.
“A quem não nos quer interessa nos dividir. Estamos tranquilos e serenos. Defendemos que se houvesse a legalidade e a segurança para a recondução, apoiaríamos o Davi”, afirmou. “Agora que o STF deu a sua palavra, o MDB postulará a presidência do Senado com um nome de consenso que será construído dentro do MDB”.
Segundo ele, há tempo até 2 de fevereiro, data da eleição, para “conversar, amansar os corações e curar as feridas”.
“O critério regimental foi quebrado por razões políticas [em 2019]”, disse. “Ou retomamos a proporcionalidade ou vai ficar pior”.
O líder do MDB evitou prever como a Câmara vai reagir ao intento da sigla de comandar o Senado.
Baleia Rossi (MDB-SP) é um dos que concorrem a suceder Rodrigo Maia (DEM-RJ) e líderes dizem, nos bastidores, que o partido poderia fazer o comando de uma das duas Casas, mas não das duas.
“Em 2019 não foi assim e o DEM fez os dois presidentes. Não sabemos como será em 2021”, disse Braga.
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