Vinculado pelo Facebook à criação e administração de contas falsas para proferir ataques a opositores de Jair Bolsonaro, o assessor presidencial Tércio Arnaud Tomaz criou conta no Twitter, onde tem mantido a linha de atuação.
Na sexta-feira (22), publicou mensagem que dizia “agora a hidroxicloroquina é recomendada nos EUA”. Como o conteúdo da mensagem é falso, já que não existe tal recomendação, e como o fármaco não tem eficácia comprovada no tratamento da Covid-19, o Twitter limitou as atividades de Tércio na plataforma.
Segundo relatório do Facebook de julho de 2020, Tércio e outros bolsonaristas próximos aos filhos do presidente usavam contas duplicadas e falsas para escapar de punições, criavam personagens fictícios fingindo ser repórteres e administravam páginas simulando ser veículos de mídia.
Também usavam perfis falsos que postavam em grupos não relacionados a política, como se fossem pessoas comuns criticando opositores de Bolsonaro e promovendo o presidente, de acordo com a empresa.
Tércio trabalhou no gabinete do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e hoje ocupa o cargo de assessor especial da Presidência da República. É apontado como líder do chamado "gabinete do ódio", estrutura do Palácio do Planalto que seria usada para mensagens de difamação.
Outro membro desse grupo, segundo o Facebook, era Paulo Eduardo Lopes, o Paulo Chuchu (PRTB), ex-assessor de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) que foi eleito vereador em São Bernardo do Campo (SP).
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