Em reunião com o fórum das centrais sindicais brasileiras nesta quinta-feira (21), a Federação Nacional dos Sindicatos da China (ACFTU) se comprometeu a colaborar na liberação de insumos para a produção de vacinas no Brasil.
O ACFTU é o sindicato oficial da China, ao qual todas as organizações de trabalhadores do país são afiliadas, e por isso é considerada a maior entidade sindical do mundo.
Embora tenha começado a campanha de imunização com a Coronavac, o Brasil corre o risco de ficar sem matéria-prima para a produção das doses necessárias para os próximos meses.
Os insumos são produzidos na China e as dificuldades encontradas também ameaçam a Oxford/AstraZeneca, vacina que no Brasil deve ser fabricada pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
As relações entre Brasil e China desgastaram-se ao longo do mandato de Jair Bolsonaro, especialmente pela ação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e do ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores).
"As palavras de alguns ignorantes políticos não vão comprometer as relações amistosas entre a China e Brasil”, disse An Jianhua, membro da direção executiva da ACFTU e chefe das relações internacionais da organização.
"Vamos usar todos os nossos canais e esforços para levar a mensagem de vocês [centrais] ao governo central e ao Partido [Comunista Chinês] sobre as necessidades imediatas do povo brasileiro ante a pandemia", completou.
Participaram da reunião Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros), Vagner Freitas, vice-presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Miguel Torres, presidente da Força Sindical, Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), José Reginaldo Inácio, vice-presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores, e Nivaldo Santana, vice-presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).
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