Prefeito de Manaus até o final de 2020, Arthur Virgílio (PSDB-AM) diz que fazer pressão para que a gestão municipal prescreva cloroquina é "cretinice", "absurdo e perversidade".
Por outro lado, defende a ivermectina, que também não tem eficácia comprovada contra a Covid-19. Ele tomou o remédio quando foi contaminado pelo coronavírus.
Como revelou o Painel, a Prefeitura de Manaus está sendo pressionada pelo Ministério da Saúde do governo Jair Bolsonaro a distribuir remédios sem eficácia comprovada para tratar seus pacientes, como cloroquina e ivermectina.
Além disso, a pasta do ministro Eduardo Pazuello pediu autorização para fazer uma ronda nas Unidades Básicas de Saúde para encorajar o uso das medicações. A alternativa, não utilizá-las, é tratada como "inadmissível" em documento enviado para a secretaria municipal de Saúde de Manaus (veja abaixo).
Virgilio também rebate Bolsonaro, que disse que Eduardo Pazuello foi a Manaus interferir diante do caos. "Não sei se ele consegue se considerar responsável pela morte de tanta gente que seguiu seus conselhos pouco ajuizados. Não sei se consegue colocar a cabeça no travesseiro. Se sim, tem algo de errado com ele. O que ele faz custa vidas e é irreparável".
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.