O MDB comprou o risco de lançar candidatos simultaneamente na Câmara e no Senado e por pouco não amarga uma tripla derrota. Além de sair perdedor nas duas Casas, viu ruir o acordo que levou parte da bancada a aderir a Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o que isolaria o partido da cúpula do Parlamento. Dono da maior bancada do Senado, o partido promete, na formação das comissões, usar seu peso para mostrar o descontentamento com o abandono de antigos aliados.
Nesta terça (2), o MDB travou um duelo com o PSD, cada dia mais próximo do governo Jair Bolsonaro, pela vice-presidência do Senado e ganhou com placar apertado de 40 x 33.
A vaga tinha sido prometida por Davi Alcolumbre (DEM-AP), que foi criticado nos bastidores: ou quebrou acordo com o MDB, fechado para a eleição de Pacheco, ou vendeu a dois partidos a mesma promessa, que ficou com cara de terreno na lua.
Alcolumbre quer presidir a Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Membros do MDB agora negam que haja acordo para isso.
Durante a votação, um pedido de abertura de CPI para investigar os gastos do governo no combate à pandemia da Covi-19 recolheu 25 assinaturas no plenário, entre as quais a de Eduardo Braga (AM), líder do MDB no Senado, e de Renan Calheiros (AL).
Para líderes da sigla, isso reforça que a eleição de Pacheco não significa mar calmo para Bolsonaro no Senado e que o placar de 57 votos favoráveis ao senador na eleição não devem se confundir com uma base de apoio sólida ao presidente da República.
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