Em cabo de guerra com o governador João Doria (PSDB), a prefeita de Bauru, Suéllen Rosim (Patriota), decidiu não comparecer à reunião no Palácio dos Bandeirantes nesta quarta-feira (17) para tratar da expansão de leitos de UTI e de enfermaria no interior de São Paulo.
Segundo levantamento divulgado pela própria prefeitura de Bauru nesta terça-feira (16), a taxa de ocupação dos leitos públicos de UTI é de 100% na cidade.
Prefeitos das cidades de Botucatu, Jaú, Lins, Avaré, Promissão, Pederneiras, Lençois Paulista, Laranjal Paulista, entre outras, apresentaram suas demandas específicas ao governo do estado no encontro.
Rosim não foi e também não enviou seu vice, Orlando Costa Dias. O representante de Bauru foi o deputado Rodrigo Agostinho (PSB).
"Hoje não estarei na reunião em São Paulo por conta de compromissos previamente agendados em Bauru. Ressalto que já estive na capital para discutir a ampliação dos leitos. Até agora nada do que foi prometido, foi cumprido. Essa mobilização dos prefeitos é extremamente válida, contem comigo nessa batalha. Espero boas notícias e mais resultados por parte do governo do Estado. Mais leitos, mais UTI!", escreveu Rosim em suas redes sociais.
A região de Bauru é uma das que desobedeceram as medidas impostas pelo governo do estado nas últimas semanas, e Doria disse que a prefeita da cidade faz "vassalagem" ao governo Jair Bolsonaro, em vez de defender a população do coronavírus.
Na semana passada, Rosim participou de uma manifestação pela abertura do comércio na cidade e contra o governador ao lado de Luciano Hang, empresário bolsonarista que é dono da rede de lojas Havan.
O governo do estado já acionou o Ministério Público contra a recusa de Rosim a seguir o programa estadual de restrições para conter a pandemia, o Plano São Paulo.
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