O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), vê o dedo de seu desafeto Aécio Neves (MG) no movimento para turbinar a pré-candidatura do governador do RS, Eduardo Leite, à Presidência da República em 2022.
Internamente a aliados no partido, Doria diz que é alvo de uma "armação" por parte de Aécio e reclama que parte dos tucanos busca criticá-lo para fazer um aceno ao presidente Jair Bolsonaro.
A disputa interna no PSDB esquentou após jantar promovido pelo governador de São Paulo na última segunda-feira (8) no Palácio dos Bandeirantes, no qual ele reforçou o desejo de que Aécio seja expulso do partido.
Aliados de Doria também sugeriram que ele assumisse o controle do PSDB, o que foi visto como uma manobra para que ele consolidasse sua candidatura presidencial. O movimento acabou gerando uma reação interna de apoio a Leite, hoje a principal alternativa no partido para disputar o Palácio do Planalto.
Segundo o paulista, o PSDB não pode continuar "de braços cruzados" frente ao governo Bolsonaro.
Ele também tem criticado o fato de o partido, na eleição municipal do ano passado, ter perdido prefeituras pelo Brasil, enquanto cresceu em São Paulo. A crítica é direcionada ao atua presidente nacional da legenda, Bruno Araújo, que Doria gostaria que deixasse o cargo após o fim de seu mandato, em maio.
Uma articulação de diretórios regionais do partido, contudo, deve assegurar a permanência de Araújo por mais um ano.
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