Alvo de críticas de uma ampla coalização liderada pela cúpula do Congresso, o ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) foi defendido nesta quinta-feira por sua esposa, Maria Eduarda de Seixas Corrêa.
Ela escreveu que estão tentando transformar Araújo em "bode expiatório da República".
"Estão tentando transformar meu marido em bode expiatório da república. Patético. Aguenta firme, meu amor", escreveu, adicionando a hashtag #NinguemMexeComErnesto.
O chanceler respondeu: "O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta... Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor. (1 Coríntios 13:6-13)."
O desgaste nas relações diplomáticas brasileiras causado pela atuação de Araújo tem sido apontado pelos parlamentares como motivo para que o país tenha dificuldade nas negociações internacionais por vacinas contra a Covid-19 e até mesmo remédios.
Araújo envolveu-se em incidentes diplomáticos com a China, por exemplo, berço da CoronaVac, principal imunizante do plano nacional em curso.
O Congresso pressiona Jair Bolsonaro para que Araújo seja demitido. Nesta quarta (24), senadores pediram a Araújo que solicitasse desligamento do cargo "para salvar vidas."
A situação do chanceler ficou praticamente insustentável após a formação de uma ampla coalizão para rifá-lo do governo, capitaneada pelas cúpulas do Legislativo e formada por militares, lideranças do agronegócio, parlamentares do centrão e grandes empresários.
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