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Descrição de chapéu Folhajus

Grupo é preso no DF pela PM por estender cartaz com suástica contra Bolsonaro

Cinco homens foram detidos sob acusação de terem infringido a Lei de Segurança Nacional

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Cinco manifestantes foram presos no Distrito Federal na manhã desta quinta-feira (18) por estenderem um cartaz que associava o presidente Jair Bolsonaro a uma suástica nazista.

A faixa continha os dizeres "Bolsonaro genocida", acompanhados de desenho baseado em charge de Renato Aroeira que fez com que ele se tornasse alvo de pedido de inquérito do ministro da Justiça, André Mendonça.

"A Polícia Militar prendeu cinco homens por infringir a Lei de Segurança Nacional ao divulgar a cruz suástica associando o símbolo ao Presidente da República. O grupo foi detido, na manhã desta quinta-feira (18), quando estendia, na Praça dos 3 Poderes, a faixa chamando o Presidente de genocida ao lado do símbolo nazista.Os homens foram levados para a Delegacia da Polícia Federal", diz nota da Polícia Militar do Distrito Federal.

Eles foram liberados da superintendência da PF pouco depois das 16h. Segundo a deputada Natália Bonavides (PT-RN), que é advogada e os acompanhou na delegacia, o delegado da PF não viu enquadramento na Lei de Segurança Nacional.

Pouco depois foi identificado um mandado de prisão em aberto contra um deles, Rodrigo Pilha, que então foi cumprido. Ele permanecia preso até o início da noite desta quinta (18).

Pilha é militante do PT. Em uma das postagens em uma rede social ele fez uma montagem ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “O sonho cada vez mais livre! Lula é a esperança de ver #obrasilfelizdenovo”, disse na postagem.

Grupo é detido pela polícia na praça do Três Poderes em Brasília ao tentar estender faixa contendo símbolo da suástica e mensagem contra o presidente Bolsonaro
Grupo é detido pela polícia na praça do Três Poderes em Brasília ao tentar estender faixa contendo símbolo da suástica e mensagem contra o presidente Bolsonaro - Raul Spinassé/Folhapress

Intimado na segunda (15) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro para depor em uma investigação por suposto "crime contra a segurança nacional" por ter chamado Bolsonaro de "genocida", o youtuber Felipe Neto escreveu em suas redes sociais que colocará à disposição do grupo a frente de advogados "Cala a Boca Já Morreu".

Neto criou a frente para assumir a defesa gratuita de todas as pessoas que forem investigadas ou processadas por se manifestarem contrariamente ao presidente Jair Bolsonaro ou por expressarem uma ideia e criticarem alguma autoridade pública.

Considerada um dos principais entulhos autoritários da ditadura que vigorou no Brasil de 1964 a 1985, a Lei de Segurança Nacional foi retirada do ostracismo pelo governo do ex-capitão do Exército.

Ela passou paradoxalmente a ser usada também contra o bolsonarismo, em especial nas investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal sobre as manifestações antidemocráticas e, mais recentemente, na ordem de prisão emitida pelo ministro Alexandre de Moraes contra o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ).

Com Raquel Lopes

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