Antes de assinar a decisão que determina que o Senado instale a CPI da Covid, o ministro Luís Roberto Barroso fez uma consulta informal a todos os colegas do STF.
Ele ouviu da maioria um endosso ao principal fundamento da decisão, o de que a jurisprudência do tribunal determina a instalação obrigatória de CPI quando preenchidos os requisitos, sem possibilidade de análise política por parte do presidente da Casa. Ou seja, obteve aval da maioria dos colegas para conceder a liminar.
Barroso vem defendendo que o STF tome decisões relevantes de modo colegiado. Ele escreveu no despacho que gostaria de ter levado o tema direto ao plenário na quinta (8), mas que não foi possível por causa do julgamento sobre cultos e missas na pandemia.
A CPI é um pedido da oposição para apurar eventuais omissões do governo federal na condução da crise de Covid-19. O ministro comunicou sobre a liminar com antecedência para o presidente do Senado. Rodrigo Pacheco (DEM-MG) chamou a decisão de equivocada.
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