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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Comerciantes de Bauru criam manual para confrontar a fiscalização contra a Covid-19

Medidas incluem chamar amigos e vizinhos para dificultar a entrada dos fiscais nas lojas

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Os comerciantes de Bauru (a 330 km de São Paulo) criaram um manual com instruções sobre como enfrentar os fiscais da vigilância sanitária anti-Covid.

Entre as dez instruções estão chamar amigos para dificultar a entrada dos fiscais nas lojas, perguntar aos fiscais por que o trabalho deles é permitido e o comércio é proibido, recusar-se a assinar qualquer documento, perguntar aos PMs que acompanham as ações se eles vão prender um trabalhador em busca do sustento, entre outras (veja abaixo).

A iniciativa batizada como Reage São Paulo tem como líder Walace Sampaio, presidente do sindicato dos comerciantes (Sincomércio) de Bauru. O manual tem sido compartilhado principalmente via WhatsApp.

Suéllem Rosim e Luciano Hang em manifestação contra João Doria em Bauru
Suéllem Rosim e Luciano Hang em manifestação contra João Doria em Bauru - Reprodução/Instagram

Em fevereiro, ele foi um dos articuladores de protesto contra João Doria (PSDB) que contou com apoio da prefeita da cidade, Suéllen Rosim (Patriota), e de Luciano Hang, da Havan.

O Painel revelou que Sampaio vinha falando em grupos de WhatsApp em "colocar fiscais da vigilância sanitária para correr."

Anti-isolamento, Rosim tem questionado continuamente as medidas de restrição para contenção da pandemia impostas pelo governo do São Paulo, o que a levou a ser acusada de negacionismo e de fazer vassalagem a Jair Bolsonaro por Doria.

A taxa de ocupação de leitos em Bauru atualmente é de 108%, segundo dados divulgados pela prefeitura nesta sexta-feira (2). Na região, chega a 113%.

Veja abaixo as regras do chamado "Manual de orientação para enfrentar a fiscalização" elaborado pelo movimento de comerciantes de Bauru.

1 - Quando receber a fiscalização, é importante que esteja com o cartaz do art. 5° da Constituição, visível em sua loja.

2 - Se possível, receba a fiscalização ainda na calçada, chame seus amigos, vizinhos e familiares para ficarem ao seu lado, dificultando a entrada dos fiscais. Já que eles querem sua loja fechada, não tem o que fazer dentro dela.

3 - Converse com os fiscais. Diga que você está defendendo o sustento da sua família e o seu direito constitucional ao trabalho honesto, seguindo todas as medidas de segurança necessárias. Tenha a mão o seu Check List e exiba ao fiscal.

4 - Pergunte ao fiscal porque o seu trabalho é proibido e o dele é permitido. O vírus ataca de forma diferente você e ele?

5 - Pergunte se o sustento da família dele sai do seu trabalho e porque ele quer impedir você de fazer o mesmo, sustentar sua família.

6 - Você não é obrigado assinar nada o que lhe for apresentado. Recusar-se a assinar é um direito que você tem.

7 - Mantenha a calma, haja com firmeza, sem violência e, se for autuado ou receber um auto de constatação, encaminhe imediatamente ao REAGE SÃO PAULO, por Whatsapp, para sua defesa.

8 - Se os fiscais estiverem acompanhados por policiais militares, pergunte a eles se vão fechar a loja e proibir o seu trabalho ou prender um trabalhador que usa seu direito constitucional para levar alimento para sua família e a de seus colaboradores.

9 - Temos certeza que, nenhum membro da gloriosa Polícia Militar irá deter um chefe de família que está tentando trabalhar.

10 - Se ainda assim, o policial quiser detê-lo e conduzi-lo para a delegacia, vá tranquilamente, comunique ao REAGE SÃO PAULO, que disponibilizará um advogado voluntário para defendê-lo.

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