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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu Itamaraty

Diplomata analisa balanço de despedida de Ernesto Araújo e vê mentiras, falácias e falcatruas

Paulo Roberto de Almeida fez leitura de cada um dos parágrafos do balanço do ex-chanceler

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O diplomata Paulo Roberto de Almeida fez análise parágrafo por parágrafo do balanço que Ernesto Araújo fez após sua saída do cargo de ministro das Relações Exteriores, apontando o que vê como falácias e falcatruas.

Ele destaca o que Araújo disse em seu texto sobre as relações com EUA (“jamais promovi alinhamento automático”) e China (“mantive relações produtivas”) como grandes mentiras.

“O patético chanceler acidental parece não ter consciência de que vive num mundo situado em outra galáxia, distante das preocupações normais dos diplomatas profissionais", escreve Almeida.

Sobre a diplomacia com os EUA, Almeida afirma que "todas as vezes que Trump ordenava alguma coisa, o traidor chanceler dos nossos interesses se apressava em cumprir, zelosamente, até de forma escabrosa, como ocorreu, por sinal, na decisão de retirar o nome do candidato do Brasil à presidência do BID, para favorecer o nome de um preposto de Trump".

Ele diz que o mesmo aconteceu no etanol, no caso do 5G, "em qualquer outra coisa que fosse ordenada de Washington."

"Não se trata sequer de alinhamento obediente, mas de pura submissão automática e antinacional", completa.

Sobre as relações com a China, o diplomata afirma que "as mais tensas relações do país com o parceiro
mais essencial se deram justamente com a China, e não exclusivamente por causa do anticomunismo primário do chanceler anacrônico, mas por causa das obsessões anti-chinesas da família presidencial."

Almeida acrescenta que a queda de Araújo se deu "exatamente pela condução absolutamente caótica, negativa, catastrófica das relações com o maior parceiro comercial desde 2009, o único que permite superávits salvadores na balança comercial."

O diplomata ironiza trecho do texto de Araújo que diz que o então chanceler defendeu a dignidade do Brasil nas relações com a China.

"O modelo chinês impõe cautela e temor no previdente ex-chanceler, que tomou todas as providências para que o Brasil não se 'atrelasse' a essa estratégica maquiavélica do gigante asiático. O cruzado brancaleônico estava disposto a tudo para preservar nossa 'dignidade' e liberdade, em face de tão poderosa ameaça. Ufa!".

A análise de Almeida pode ser encontrada aqui.

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