A Secretaria de Saúde da gestão Bruno Covas (PSDB) acionou o Ministério Público de São Paulo para que investigue o grupo Escolas Abertas por promover campanhas para incitar desrespeito às medidas de controle da pandemia.
Formado principalmente por mães de escolas particulares, o grupo tem divulgado ataques ao prefeito e secretários de Educação e de Saúde. Nas redes sociais, têm incentivado as escolas a abrirem as portas independentemente das determinações da prefeitura, alegando que o poder do prefeito é limitado a questões sanitárias.
Em mensagem recente, escreveram que "as Delegacias de Ensino não têm competência para questionar as escolas sobre a abertura conforme o Decreto Estadual. Nem mesmo o Decreto (ilegal) do Município de São Paulo atribui essa competência a tais entes. A escola abordada por autoridade incompetente deve denunciar!"
Em seu ofício, a prefeitura pede que a Procuradoria tome providências para apurar civil e criminalmente as condutas do movimento.
"As mensagens, divulgadas à exaustão, incitam o descumprimento da norma municipal, confundem a população, comprometem a organização da retomada das avidades presenciais das escolas na cidade de São Paulo e embaraçam a atuação governamental no controle da pandemia", diz o documento.
O grupo afirma que o inquérito é uma forma de perseguição judicial contra a liberdade de expressão e de associação. "O prefeito Bruno Covas tem tradição democrática, não acreditamos que ele possa concordar com esse tipo de medida”, diz em nota enviada ao Painel.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.