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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Covas passou a semana articulando politicamente e planejando volta para a Prefeitura de SP

Prefeito morreu neste domingo (16) aos 41 anos em decorrência de um câncer descoberto em 2019

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O prefeito Bruno Covas (PSDB) passou a semana no hospital tratando de articular politicamente, atividade que sempre o empolgou. Recebeu muitos aliados e disse que em um mês voltaria a administrar São Paulo.

Apegou-se ao processo de atração de Rodrigo Garcia para o tucanato. Como de hábito, não falou da doença. Mas pela primeira vez deixou transparecer extenuação mental. Divertiu-se ao ser instado a voltar para o front: "a gente entra na política pelos amigos e não sai dela por causa dos inimigos", disse, e riu.

Covas morreu neste domingo (16) aos 41 anos em São Paulo em decorrência de um câncer descoberto em 2019.

Bruno Covas (PSDB) na sede da Prefeitura de São Paulo, no centro da cidade
Bruno Covas (PSDB) na sede da Prefeitura de São Paulo, no centro da cidade - Adriano Vizoni - 10.set.20/Folhapress

O plano no PSDB era que Covas abonasse a ficha de filiação de Garcia na segunda-feira (17). O prefeito quis adiantar para quinta (13), diz Fernando Alfredo, presidente do diretório municipal do partido. “Foi Deus”, crê Alfredo, amigo dos tempos de Juventude Tucana.

Covas se tornou nos últimos anos a principal referência dessa geração do PSDB, especialmente em São Paulo. Membro do Clube dos Tucaninhos quando criança, abrigou na prefeitura diversos jovens do PSDB e também "cabeças brancas", em processo que via como de fortalecimento mútuo de prefeitura e partido. Seu vice, Ricardo Nunes, é do MDB.

O prefeito gostava do anedotário político. Ele contava que Garcia pedia ajuda no começo de 2019 para saber como lidar com João Doria (PSDB). Covas respondia que lhe daria curso intensivo e cartilha, pois tinha pegado o jeito ao fim do período de mais de um ano como vice, quando Doria já estava de saída da prefeitura. O governador hoje quer que Garcia seja seu sucessor no cargo.

“Ele estava esperançoso”, diz Milton Leite (DEM), presidente da Câmara que esteve com Covas na segunda-feira (10). “Não reclamou de nada. Um lorde e um grande amigo. É um choque.”

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