O delegado federal Alfredo Carrijo vai assumir o comando da Seopi (Secretaria de Operações Integradas) do Ministério da Justiça, comandado por Anderson Torres.
Carrijo trabalhou na segurança de Jair Bolsonaro por cerca de dois meses, entre a eleição e a posse. Em dezembro de 2018, o policial estava no café da manhã do presidente eleito com John Bolton, assessor de Donald Trump. Ele aparece em vídeo ajudando na tradução.
O delegado também foi citado pelo ex-ministro Sergio Moro em depoimento à PF no inquérito sobre suposta interferência do presidente na corporação.
Segundo Moro, Carrijo seria próximo à família Bolsonaro e foi indicado pelo presidente como possível nome para substituir o diretor-geral Maurício Valeixo.
A Seopi tem sob sua tutela a diretoria de inteligência do ministério. No ano passado, virou centro de polêmica por ter sido de onde saíram documentos que miravam policias e servidores públicos antifascistas.
Carrijo ficou anos lotado no COT (Comando de Operações Táticas) da PF. Servidores atribuem a ele uma evolução grande na parte de tecnologia do grupo, indicando equipamentos de ponta dos Estados Unidos, recém-lançados. O delegado fez mestrado nos EUA na área de segurança.
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