Com uma semana de CPI da Covid, o governo Jair Bolsonaro expôs em detalhes a sua falta de articulação e já contabiliza três deslizes, na visão de senadores.
Parlamentares da base afirmam que não é possível lidar com amadorismo agora e que o Planalto tem mais atrapalhado do que ajudado.
Na primeira reunião com ministros desde a instalação da comissão, nesta quarta (5), governistas cobraram organização. Nova derrapada nesta quinta-feira (6) deu sinais de que será difícil arrumar a casa.
Os primeiros episódios citados foram os requerimentos feitos por uma assessora da Casa Civil, em computadores do Palácio do Planalto, em nome de senadores da base, e a mensagem errada enviada por Fábio Faria (Comunicações) a Luiz Henrique Mandetta com perguntas para o próprio, quando o destinatário era, na verdade, Ciro Nogueira (PP-PI).
Nesta quinta-feira (6), o jornal O Estado de S. Paulo mostrou que Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) foi visitar o general Eduardo Pazuello, que faltou na CPI sob o argumento de que deveria cumprir quarentena após contato com assessores com Covid. O episódio irritou senadores independentes e da oposição, que viram uma afronta.
Na reunião com senadores, Onyx e Eduardo Ramos (Casa Civil) disseram que os ponteiros estavam acertados e que dariam total suporte aos integrantes da base que compõem a CPI. Chamou a atenção dos participantes a aparente boa relação entre os dois, que têm brigado nos bastidores.
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