O promotor Octávio Paulo Neto, responsável pela operação Calvário, disse ao Painel que a decisão de Gilmar Mendes, do STF, de enviar os processos do ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho para a Justiça Eleitoral fomenta a impunidade.
Coutinho é acusado de fraudar e superfaturar contratos com organizações sociais na área de saúde —a estimativa é de cerca de R$ 120 milhões desviados. O ministro do Supremo entendeu se tratar de crime eleitoral e tirou o caso da 3ª Vara Criminal da Comarca de João Pessoa.
"Creio que o ministro se equivocou ao não compreender o modelo de negócio implementado pela organização criminosa chefiada por Ricardo Coutinho, ele desconsidera a operacionalização da corrupção sistêmica”, diz Neto.
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