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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Recém-eleito, presidente do diretório de SP do Novo diz que é oposição ferrenha a Bolsonaro

Luis Bucciarelli afirma que se joga do precipício em um segundo turno entre o atual presidente e Lula (PT)

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Vencedor na eleição pela presidência do diretório paulistano do Novo na segunda-feira (14), tida como decisiva para o destino da sigla, Luis Bucciarelli, 58, diz que o seu grupo, o Novo Raiz, é de oposição ferrenha ao governo Jair Bolsonaro e fará gestão dedicada a recuperar as concepções originais da sigla.

Ele substituirá Julio Rodrigues e terá mandato de dois anos à frente do maior diretório municipal do partido, com aproximadamente 4.000 membros.

Após a desistência de João Amoêdo de disputar a presidência em 2022 em meio a atritos internos no Novo, o pleito municipal era visto na sigla como momento em que ela mostraria se seria linha auxiliar do bolsonarismo ou oposição ao governo.

Bucciarelli superou a chapa União é Força, apoiada por uma ala da legenda com membros mais simpáticos (ou tolerantes) ao bolsonarismo —ainda que, segundo a direção da própria chapa e também Bucciarelli, o grupo não seja bolsonarista.

O engenheiro Luis Bucciarelli, presidente do diretório paulistano do Novo
O engenheiro Luis Bucciarelli, presidente do diretório paulistano do Novo - Divulgação/Arquivo pessoal

"Somos oposição ferrenha a tudo que está sendo feito pelo Bolsonaro. Ele prometeu um governo liberal e nós não temos. Os atos feitos pelo Bolsonaro, de desprestígio às instituições, somos totalmente contrários a eles", diz Bucciarelli ao Painel.

Com Amoêdo fora da disputa para 2022, Bucciarelli diz que ainda não sabe qual caminho o partido seguirá. Na eventualidade de um segundo turno entre Bolsonaro e Lula (PT), que têm liderado pesquisas de intenção de votos, ele diz que se joga do precipício.

"Uma escolha muito difícil, a do menos pior. Minha tendência é de anular o voto", afirma Bucciarelli.

A disputa municipal expressou racha mais amplo no partido entre os chamados "amoêdistas" e os simpáticos a Jair Bolsonaro, que têm no governador Romeu Zema a principal referência.

"Está rachado no sentido de que tem um grupo que defende as instituições, pede posições mais duras contra o governo federal e que mostremos que de fato somos oposição, e tem um grupo que vai querendo contornar algumas situações, 'vamos votar no que é certo e votar contra o que é errado'", analisa o novo presidente de diretório.

"Acho que o país vive um momento tão delicado democraticamente que não dá para esperar posicionamentos. Agora parece que começam a surgir alguns sinais de que precisamos de fato nos posicionar com mais firmeza", conclui Bucciarelli, que afirma que sua principal missão nos próximos anos será comandar o novo ciclo eleitoral municipal e desenvolver um programa partidário mínimo para a cidade.

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