Presidente da Fiesp, Paulo Skaf (MDB) tem falado em criar mobilização fortíssima contra propostas contidas na reforma tributária do governo Jair Bolsonaro, cuja segunda parte foi entregue pelo ministro Paulo Guedes (Economia) à Câmara dos Deputados na sexta-feira (25).
Skaf pretende criar uma frente de oposição às mudanças contidas no texto e mobilizá-la contra sua tramitação no Congresso.
Como primeiro passo mais contundente, Skaf pretende fazer reunião com representantes de entidades de diversas categorias durante a semana. Além de figuras da indústria, Skaf quer se encontrar com membros dos setores comercial, de prestação de serviço, contabilistas e advogados.
Em nota, a Fiesp criticou as mudanças propostas por Guedes, como a taxação de dividendos com uma alíquota de 20%, e disse que provavelmente resultarão em aumento de carga tributária, o que classificou como inaceitável.
A Fiesp lançou campanhas de grande repercussão em governos anteriores, como a “Não Vou Pagar o Pato”, na qual um boneco de pato era inflado na avenida Paulista em protesto contra o aumento de impostos. Observadores do mercado perguntam se Skaf fará o mesmo agora que o presidente é Bolsonaro, e não Dilma Rousseff (PT) ou Michel Temer (MDB) —o último foi alvo de um sapo inflável.
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