Recém-integrado à defesa de Rogério Caboclo, o advogado Marcelo Jucá afirma ter recebido uma mensagem em tom de ameaça dizendo para que ele se afaste do caso em que o presidente da CBF é acusado de assédio sexual e moral por uma funcionária.
Caboclo foi afastado do cargo em junho pela comissão de ética da entidade, que elabora um parecer sobre a situação. A assembleia-geral da CBF, formada por presidentes de federações estaduais, decidirá se o dirigente retomará ou não o comando.
A mensagem recebida por Jucá diz que ele não deve participar em hipótese alguma da defesa de Caboclo caso tenha apreço por sua carreira no meio esportivo.
O advogado afirma que a mensagem partiu de pessoa influente no futebol brasileiro, que ele prefere não identificar.
“O exercício da advocacia é uma das funções mais nobres do Estado Democrático de Direito. O ambiente vivido no Brasil dentro da modalidade esportiva mais importante do mundo tem tirado muitas pessoas do prumo”, diz Jucá.
“Continuo focado na missão estritamente jurídica de defender um cliente. Sou advogado, minha figura não pode se confundir com nenhuma das partes”, conclui.
Caboclo atualmente trava embate público com Marco Polo Del Nero, ex-presidente da CBF com quem rompeu relações.
Ele diz que seu afastamento faz parte de articulação de Del Nero para derrubá-lo e retomar o controle da entidade. O ex-presidente da CBF nega qualquer envolvimento.
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