O influenciador Allan dos Santos, do canal ultrabolsonarista Terça Livre, lembrou do diretor de teatro Gerald Thomas no processo que move contra o Google pela reativação de seu canal de YouTube, retirado do ar após seguidas infrações aos termos de uso.
O argumento de Santos é o de que se o STF decidiu, em 2004, que Thomas estava protegido pela liberdade de expressão ao mostrar as nádegas e simular masturbação para uma plateia que vaiava sua encenação de "Tristão e Isolda", ele também pode comportar-se de modo potencialmente ofensivo no YouTube.
"Mais ainda, é possível dizer, sem exagero, que a tutela da liberdade de expressão de caráter ofensivo já foi reconhecida pelo STF ao conceder habeas corpus para trancamento de ação penal por atentado ao pudor proposta contra Gerald Thomas, conhecido diretor teatral, que reagiu às vaias do público subindo ao palco para expor as nádegas e simular masturbação", diz a peça dos representantes do influenciador.
Santos recebeu sanções do YouTube por dizer em vídeos que as eleições dos EUA foram fraudadas e por supostamente exaltar a invasão do Capitólio. Depois de transmitir lives em canais alternativos durante a suspensão do Terça Livre, ele perdeu a conta no YouTube.
Como mostrou o Painel, os advogados do Google dizem no processo que ele age de modo desleal, tóxico e romantiza violência.
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