A Brasil Paralelo, produtora de vídeos conservadora, gastou mais de R$ 3,8 milhões em anúncios no Facebook de agosto de 2020 para cá.
Neste domingo (1º), a Brasil Paralelo veiculou anúncio em resposta ao requerimento de quebra de sigilo bancário apresentado pelo relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL). O senador quer investigar a possível participação da produtora na disseminação de fake news relacionadas à pandemia da Covid-19.
Em julho de 2020, por exemplo, a empresa lançou o documentário “7 Denúncias: As Consequências do Caso Covid-19”, no qual se opôs aos métodos de prevenção do coronavírus mais consagrados: isolamento social, fechamento de comércio, uso de máscaras e respeito a orientações de cientistas e da OMS (Organização Mundial da Saúde).
A empresa disse na mensagem deste domingo que não tem nada a esconder e que é auditada pela EY (Ernst &Young). Também afirmou que sua política de não receber dinheiro público faz parte de seu programa de compliance implementado pela multinacional Grant Thornton.
Reportagem da Folha mostrou que, no ano passado, a produtora faturou R$ 30 milhões. Em maio, a Brasil Paralelo contabilizava 200 mil assinantes que pagam para ter acesso a seu conteúdo de documentários e cursos de viés direitista, e tinha como meta chegar a 1 milhão até o final de 2022.
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