Carlos Alberto da Cunha, o Delegado Da Cunha, policial que ganhou fama nas redes sociais com a divulgação de vídeos de operações, filiou-se ao MDB com as eleições de 2022 em vista.
Ele atualmente está afastado do cargo após envolvimento em uma série de polêmicas relacionadas à sua atuação na internet, como tem mostrado a Folha em reportagens.
Com mais de 3 milhões de seguidores em seu canal, o policial recentemente desagradou a cúpula da polícia ao postar uma foto em que segurava uma pistola na mão enquanto olhava um grupo de pessoas na cracolândia.
Depois disso, ele foi transferido para funções burocráticas e teve armas e distintivos recolhidos.
Ele tem dito a pessoas próximas que pretende disputar o cargo de deputado. Publicamente, manifesta a intenção de concorrer ao governo do estado. No MDB ainda não se sabe qual será a escolha de Da Cunha.
Nesta quinta (26), em entrevista à Jovem Pan, Da Cunha disse que sua posição é apartidária e que escolheu o MDB porque é “um local que não está pendendo para as polarizações”.
“Sou político individual, não partidário. Sou independente”, afirmou o Da Cunha.
A Folha mostrou na sexta-feira (20) que um boletim de ocorrência registrado em dezembro de 2016 diz que Da Cunha ameaçou dar um tiro no rosto de sua então mulher, a advogada Camila Rezende da Cunha.
Segundo o relato dela que consta do documento, a ameaça de seu então marido ocorreu em um restaurante e na frente da filha do casal, à época com 3 anos.
Procurada pela Folha, Camila negou que tenha sofrido violência física ou psicológica de Da Cunha. Diz ter tido brigas normais de casal e que se arrependia de ter registrado o boletim de ocorrência contra ele, de quem afirma continuar amiga. O delegado negou à reportagem que tenha praticado violência contra a ex-mulher
Com Rogério Pagnan
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