Duas das maiores siglas de esquerda da Câmara dos Deputados, o PSB e o PDT, se dividiram nos votação da PEC do voto impresso nesta terça-feira (10).
As legendas orientaram voto contrário à PEC no plenário, mas mesmo assim estiveram longe de um posicionamento uniforme de seus parlamentares.
No PSB, 17 deputados acompanharam a orientação do partido, mas 11 foram favoráveis à PEC e 3 se ausentaram. No PDT, 18 votaram contra PEC, 6 foram a favor e Flávia Morais (GO) se ausentou.
Em termos de comparação, o PT teve 51 votos contrários e 2 ausências (Alexandre Padilha disse na votação que era contra, mas foi contabilizado como ausente) e o PSOL teve oito votos contrários (Sâmia Bomfim está em licença maternidade).
O PDT defende o voto auditável desde Leonel Brizola, na década de 1980, mas se posicionou oficialmente contra a PEC e seus líderes têm dito que a ideia bolsonarista não tem nada a ver com a da sigla.
"Os bolsonaristas querem voltar à idade da pedra. Querem o papel para contar na mesa de apuração. São métodos, visões e cabeças diferentes”, disse Carlos Lupi, presidente do PDT, antes da votação desta terça.
No PSB, Carlos Siqueira, presidente da sigla, também vinha defendendo a impressão dos votos junto às urnas como mais uma garantia de segurança.
No entanto, o posicionamento do partido no debate mudou diante das mentiras disseminadas por Bolsonaro e seus aliados sobre fraudes nas urnas eletrônicas, e suas lideranças vinham manifestando oposição à PEC.
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