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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Ministro do Turismo vai a G20 da Cultura, usa tom de cobrança e diz que calou cúpula ao tratar da Amazônia

Como Brasil não tem ministro da área, Gilson Machado Neto foi o representante do governo Bolsonaro

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Como o Brasil não tem ministro da Cultura, o principal representante do país na primeira Conferência dos Ministros da Cultura do G20, na Itália, foi Gilson Machado Neto, do Turismo.

Em sua intervenção, ignorou o incêndio na Cinemateca Brasileira, que está sob sua alçada, e falou mais sobre o meio ambiente, queixando-se de falta de reconhecimento na Europa aos esforços de preservação de Jair Bolsonaro.

Ele ainda assinou uma declaração conjunta dos ministros que se contrapõe a pontos críticos do bolsonarismo.

Nas redes sociais, disse ter silenciado “a cúpulo (sic) de ministros das 20 mais importantes economias”. "Nenhum deles nem chegam aos nossos Pés em Preservação Ambiental", complementou em outra plataforma.

Na conferência, ele fez questão de saber quem dos presentes já havia estado na Amazônia, em tom de cobrança.

"Muitas pessoas não sabem, mas 66% do território brasileiro se encontra do mesmo jeito que estava quando Jesus veio à Terra. 84% da Amazônia brasileira... Isso é um tabu aqui. Alguém aqui já esteve na Amazônia? Alguém já esteve na Amazônia? 84% da Amazônia brasileira está do mesmo jeito que estava quando Jesus veio à Terra", disse Machado aos ministros da Cultura de outros países.

"Apesar de todo o forte trabalho realizado pelo governo Bolsonaro para a proteção do meio ambiente, nós estamos sempre nas manchetes da imprensa, especialmente na Europa", queixou-se o titular do Turismo.

Em relação a temas pertinentes ao evento, Machado, que se apresentou como músico, disse que a pandemia gerou aceleração do processo de digitalização da cultura que já estava em curso e destacou o Carnaval e a Festa do Peão de Barretos como contribuições nacionais.

“O Brasil tem priorizado no momento a reforma de igrejas e monumentos históricos e culturais”, disse Machado. Portaria recentemente publicada pelo governo Bolsonaro incluiu a arte sacra entre as áreas contempladas em projetos da Lei Rouanet.

A declaração conjunta, que, segundo Dario Franceschini, ministro da Cultura italiano e anfitrião, teve apoio unânime, fala em combater fake news e discurso de ódio em redes sociais. O texto tem caráter progressista e enfatiza a importância de proteção das comunidades indígenas e suas culturas e defende medidas pela igualdade de gênero e pelo empoderamento da mulher.

Em Roma, Machado estava acompanhado de Mario Frias, secretário especial da Cultura, que responde a ele. O evento acabou na sexta (30). Neste domingo (1 º), o ministro participou sem máscara de manifestações pelo voto impresso em Pernambuco.

Gilson Machado Neto, do Turismo, durante o encontro de ministros da Cultura na Itália
Gilson Machado Neto, do Turismo, durante o encontro de ministros da Cultura na Itália - Roberto Castro/Ministério do Turismo

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