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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Descrição de chapéu Brics

Após repudiar comunismo, Bolsonaro se reunirá com presidente da China

Presidente brasileiro participará da cúpula dos Brics nesta quinta-feira (9); encontro será virtual

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Em meio à maior crise institucional gerada pelo seu governo, Jair Bolsonaro vai se encontrar nesta quinta-feira (9) com Xi Jinping, presidente da China, país que foi seguidas vezes atacado pelo mandatário brasileiro.

Os dois participarão da 8ª Cúpula dos Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em nota, o Itamaraty afirma que "está prevista participação do Senhor Presidente da República". O evento, em formato virtual, será realizada das 9h às 10h30.

A China é governada pelo Partido Comunista, cuja ideologia é recorrentemente atacada por Bolsonaro.

O presidente brasileiro recorre a ataques ao comunismo em sua investidas contra membros de outros Poderes ou em discursos autoritários. O ministro do STF, Luís Roberto Barroso, foi recentemente chamado de comunista por ele, por exemplo.

Jair Bolsonaro faz imitação preconceituosa de chineses durante live
Jair Bolsonaro faz imitação preconceituosa de chineses durante live - Reprodução/10.out.2019

Em suas ofensas a governadores, Bolsonaro costuma dizer que eles ofereceram uma amostra de comunismo aos brasileiros por terem implementado medidas de contenção da pandemia, como fechamento de comércios e uso obrigatório de máscaras

Placas de ataque ao comunismo marcaram a paisagem dos atos de raiz golpista mobilizados por Bolsonaro por ocasião do 7 de Setembro.

Membros do governo Bolsonaro e seus apoiadores também já criaram diversos incidentes diplomáticos com a China, especialmente desde o início da pandemia da Covid-19. Em maio, o próprio presidente disse que a pandemia de coronavírus seria parte de uma "guerra biológica" chinesa e que "os militares sabem disso."

Em março de 2020, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, compartilhou postagens com acusações ao governo chinês pela pandemia da Covid-19.

Ernesto Araújo, então chanceler, saiu em defesa do parlamentar (que havia sido rebatido pelo embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming) e agravou a tensão diplomática.

Quando era ministro da Educação, Abraham Weintraub publicou no Twitter a capa de um gibi com a bandeira chinesa e postou uma mensagem trocando a letra "r" por "l", como faz o personagem Cebolinha, da Turma da Mônica.

A mudança das letras ridiculariza o sotaque de muitos asiáticos ao falar português. Weintraub posteriormente apagou a publicação.

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