O assessor internacional da Presidência, Filipe Martins, esteve no aeroporto de Brasília nesta terça (7) enquanto a Polícia Federal tomava depoimento do empresário Jason Miller, ex-porta-voz de Donald Trump e fundador da rede social de direita Gettr, e do empresário Gerald Brant, amigo da família Bolsonaro.
Martins chegou ao local após Miller e Brant acionarem integrantes do governo Bolsonaro e informarem sobre a abordagem da PF pouco antes de embarcarem para os EUA.
Ele se apresentou como assessor da Presidência aos policiais e seu nome foi registrado nos autos.
Os dois foram ouvidos no inquérito dos atos antidemocráticos que apura a atuação de uma suposta milícia digital. O relator do caso é o ministro Alexandre de Moraes.
Miller e Brant optaram pelo silêncio e não responderam aos questionamentos. A embaixada dos EUA também foi acionada, e enviou um diplomata para acompanhar os depoimentos.
Ambos chegaram ao Brasil no sábado (4) para a conferência conservadora Cpac, em Brasília, organizada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
O presidente Jair Bolsonaro citou a abordagem da PF contra o fundador da rede social de direita em seu discurso na avenida Paulista ao criticar Alexandre de Moraes.
Segundo Bolsonaro, o ministro teria mandado interceptar “um cidadão americano para ser inquirido”.
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