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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Novo partido DEM-PSL só apoiará Rodrigo Garcia em SP se tiver vaga de vice, diz deputado

Alexandre Leite afirma que o porte do superpartido de direita impõe novas negociações sobre 2022

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Presidente do diretório paulista do DEM, o deputado federal Alexandre Leite diz ao Painel que Rodrigo Garcia (PSDB) terá que contar com um vice da nova sigla que surgirá da fusão entre DEM e PSL para ter o apoio do chamado superpartido de direita nas eleições de 2022.

Nesta terça (21), a executiva nacional do DEM decidiu dar seguimento à fusão do partido com o PSL, num primeiro passo para formalizar o processo.

Alexandre Leite terá uma reunião com Garcia, vice-governador de São Paulo, nesta quarta-feira (22) para apresentar seu pleito.

“Estamos construindo o maior partido do Brasil não só para as eleições, mas também para depois. No caso de São Paulo, vamos precisar do apoio de um candidato a governador que consiga puxar essa chapa. Vamos fazer nossas reivindicações, com certeza o espaço de vice-governador é inegociável. Para um partido desse porte, é inegociável”, afirma o parlamentar.

Ele diz que a prioridade do grupo continua sendo Garcia, mas que "a robustez do novo partido" faz com que todas as negociações políticas que estavam em curso sejam reavaliadas e passadas para novos termos.

Ele, que é filho de Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de SP, estabelece a meta de oito a dez deputados federais eleitos pela nova sigla em 2022. Para isso, diz, depende do apoio do candidato ao governo do estado.

Alexandre Leite, deputado federal e presidente do DEM-SP
Alexandre Leite, deputado federal e presidente do DEM-SP - Cleia Viana-11.ago.2021/Câmara dos Deputados

“Precisamos levar as condições do novo partido. É um novo tempo de TV, nova estrutura partidária. Precisamos fazer uma chapa de deputados condizente com o tamanho que o partido exige, então vamos precisar do empenho de um projeto de governo do estado que puxe deputados federais para essa legenda", diz.

"Os espaços na disputa da cabeça de chapa são indispensáveis e irrenunciáveis, principalmente, a essa altura do que vamos ficar, não consigo ver espaço para abrir mão do vice-governo nesse caso, além de outras acomodações”, acrescenta.

Alexandre diz que não há ainda uma discussão concreta sobre quem seria o representante do novo partido na chapa de Garcia e que a prioridade é constituir uma bancada grande de deputados. Ele mesmo tem sido cotado para postos similares nos últimos anos —em 2019, por exemplo, foi colocado como opção para vice na chapa para a prefeitura de Bruno Covas (PSDB).

“Nomes nós temos. Tem meu pai, outros nomes dentro do DEM, do PSL. O nome para se pleitear só vai discutido após a concretização da fusão. No momento, o projeto para coordenação do partido no estado de São Paulo é a prioridade”, completa.

Milton Leite reforça o argumento de Alexandre.

“Pleitear a vice do Garcia é uma vontade de todos nós, óbvio que o grande partido com uma fusão dessa vai colocar um pleito como esse na mesa, seguramente estaremos colocando. O ponto mais importante da aliança do DEM com o Rodrigo Garcia é que devemos engendrar esforços para elegermos ao menos oito deputados federais, é nossa meta agora com a direção do PSL”, afirma à coluna.​

O deputado federal aponta para preocupação de construir uma chapa que consiga reeleger os parlamentares do PSL que se beneficiaram da onda bolsonarista de 2018 e que hoje estão afastados do presidente, como, por exemplo, Júnior Bozzella e General Peternelli.

A necessidade de ocupar a vice na chapa de Garcia também está atrelada a essa necessidade de impulsionar a bancada de deputados federais originários das duas legendas.

“Como se trata de fusão, vamos ter que acomodar quem fica do PSL. Não é minha preocupação no momento quem vai ocupar o posto de vice-governador. Vai ser um pleito do novo partido. Quem tem a maior estrutura orgânica, o maior partido do estado, é o DEM. Vamos ter que estruturar uma chapa para eleger deputados. O PSL veio na aba do Bolsonaro, não vai ter mais a aba em nível presidencial. Vamos fazer chapa para conseguir elegê-los com os votos dos próprios deputados, sem voto de arrasto", explica Alexandre Leite.

Ele explica que o PSL já tem com clareza os deputados que são dissidentes atualmente e que muito provavelmente não comportão a nova legenda, como Carla Zambelli e Eduardo Bolsonaro, que são considerados puxadores de votos.

Sobre Joice Hasselmann, que teve grande número de votos em 2018 e rompeu com Bolsonaro, Leite diz que tentará conversar com ela para saber de suas pretensões eleitorais.

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