A Polícia Militar de São Paulo estimou em 125 mil o público na avenida Paulista, no ato em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Já na manifestação da oposição, no vale do Anhangabaú, o público foi calculado em 15 mil manifestantes, ainda segundo a PM.
Na Paulista, Bolsonaro repetiu as ameaças golpistas contra o STF (Supremo Tribunal Federal), exortou desobediência às decisões do ministro Alexandre de Moraes e desafiou quem o investiga. "[quero] Dizer aos canalhas que eu nunca serei preso."
"Nós devemos sim, porque eu falo em nome de vocês, determinar que todos os presos políticos sejam postos em liberdade. Dizer a vocês, que qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou."
O atos em Brasília e em São Paulo, marcados por pautas autoritárias e golpistas, representam uma minoria no país. Pesquisa Datafolha de junho mostrou que 75% dos brasileiros consideram o regime democrático o mais adequado, enquanto 10% afirmam que a ditadura é aceitável em algumas ocasiões.
Anunciado por Bolsonaro nos últimos dois meses como uma espécie de tudo ou nada para ele, as manifestações do Sete de Setembro podem ampliar o seu isolamento político, no momento em que, de olho em 2022, depende do STF e do Congresso para a liberação de recursos e aprovaçção de projetos.
Bolsonaro usou toda a estrutura da Presidência para os atos com ameaças golpistas. Tanto no deslocamento entre São Paulo e Brasília como em sobrevoos em helicópteros da Esplanada dos Ministérios e da Paulista. O presidente é candidato à reeleição e alvo da Justiça Eleitoral.
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