Ao negar a busca e apreensão em endereços de Marco Polo del Nero, ex-presidente da CBF, e de Vicente Cândido, ex-deputado federal pelo PT-SP, a juíza federal Silvia Maria Rocha apontou a necessidade de uma investigação independente sobre o caso dos dois.
Ela determinou que a investigação seja sorteada entre as varas federais relacionadas a lavagem de dinheiro de São Paulo.
Como o Painel revelou, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal pediram o cumprimento das medidas em operação desta quinta (30), que investigou suspeitas de repasses da Global e Precisa, alvos da CPI da Covid, a operadores de políticos do MDB em troca de contrato com a Petrobras.
A ação é uma fase da Descarte, que tem apurado suspeitas relacionadas ao escritório de Luiz Carlos D'Afonseca Claro, que lavava dinheiro para diferentes empresas. Ele firmou acordo de delação premiada em 2019.
Segundo a investigação, o escritório de Marco Polo recebeu pagamentos da Precisa Medicamentos sem comprovação da prestação de serviços e é suspeito de ter sido usado repetindo esquema da Claro Advogados.
A juíza da 2ª Vara Federal Criminal de São Paulo, no entanto, não viu conexões entre o esquema de Claro e possíveis irregularidades de Marco Polo e de Cândido, que tinham um escritório em conjunto.
Para ela, foi um "negócio realizado de forma independente ao esquema engendrado pelo grupo Claro Advogados", que deve ser apurado "em procedimento autônomo, com livre distribuição a um dos Juízos Criminal".
As provas, diz ela, foram obtidas por meio de informação fiscal e elaborada independentemente do material relacionado ao escritório de Claro. A Procuradoria, no entanto, ainda entende que os dois casos são conexos.
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