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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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YouTube analisa se Bolsonaro burlou as regras mais uma vez ao publicar vídeo no canal do filho Carlos

Canal do presidente foi suspenso após ele ter feito associação sem base científica entre vacinação da Covid e Aids

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O YouTube analisa se Bolsonaro infringiu as regras da plataforma ao publicar um vídeo nesta terça-feira (26) na conta de seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). O presidente teve a conta suspensa após associar vacinas contra Covid-19 à Aids, como revelou o Painel.

O YouTube proíbe que usuários publiquem em outros canais durante a suspensão.

Em fevereiro, por exemplo, a plataforma encerrou dois canais de Allan dos Santos quando o influenciador bolsonarista utilizou um canal reserva para contornar a suspensão que havia sido imposta ao principal.

Bolsonaro durante live na quinta (21), na qual disse que "vacinados [contra a Covid] estão desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida [Aids]"
Bolsonaro durante live na quinta (21), na qual disse que "vacinados [contra a Covid] estão desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida [Aids]" - Reprodução/Jair Messias Bolsonaro no Facebook

No caso de Bolsonaro, pesa contra ele o fato de ter postado em sua conta do Facebook o mesmo vídeo, o que torna evidente que ele apelou à conta do filho para driblar a suspensão.

Por outro lado, o YouTube também considerará que Bolsonaro, por ser presidente da República, divulga informações de interesse público. No vídeo publicado nesta terça (26), por exemplo, ele exibiu imagens de uma agenda pública em Roraima.

Em sua live de quinta-feira (21), Bolsonaro fez associação sem qualquer base científica entre vacinas da Covid-19 e o vírus da Aids.

Nesta segunda (25), o YouTube considerou que Bolsonaro infringiu as diretrizes da plataforma ao disseminar desinformação sobre questões de saúde pública, excluiu seu vídeo e determinou a suspensão de uma semana, ao longo da qual ele não poderá fazer transmissões ou publicar novos vídeos.

Em julho, Bolsonaro recebeu uma primeira advertência do YouTube por publicar conteúdo prejudicial ao controle da pandemia. A partir dessa advertência, o usuário passa a ser enquadrado no que é chamado da regra dos três strikes do YouTube.

Após uma primeira infração, o usuário é suspenso por uma semana. Depois da segunda, a suspensão passa a ser de duas semanas. No caso de uma terceira infração no prazo de 90 dias, a conta é fechada.

Na live, Bolsonaro leu uma suposta notícia que alertava que "vacinados [contra a Covid] estão desenvolvendo a síndrome da imunodeficiência adquirida [Aids]".

Médicos, no entanto, afirmam que a associação entre o imunizante contra o coronavírus e a transmissão do HIV, o vírus da Aids, é falsa, inexistente e absurda.

A relação estabelecida por Bolsonaro gerou revolta nas comunidades médicas e científicas nos últimos dias. Em entrevista ao Painel, Carlos Lula, presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), classificou a live como absurda, trágica, falsa, mentirosa e grotesca.

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