O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, levou seu irmão para uma viagem de trabalho à Tunísia, entre 24 e 30 de outubro. Fabio Henrique é delegado federal, mas não ocupa nenhuma função no órgão que justifique a ida.
Ele está lotado no gabinete do diretor-geral desde que o irmão assumiu o cargo.
Segundo dados do Diário Oficial, a missão durou sete dias. Na agenda pública do chefe da PF, há compromissos em apenas dois deles, dias 27 e 28, em um evento da Interpol.
Os gastos da viagem foram pagos com dinheiro público.
Além dos dois, foram para Tunísia o diretor de combate à corrupção e um coordenador da área internacional. O episódio gerou críticas dentro da PF.
Policiais experientes consultados pela coluna disseram que a escolha foge do padrão. Além disso, as delegações vão bem enxutas para evitar gastos desnecessários. Nem assessores costumam ir a essas missões, afirmam.
Eles apontam que Fabio Henrique é trabalhador e já passou por diversas áreas na PF.
Essa é a segunda viagem internacional de Maiurino em sete meses.
Na primeira, em setembro, ele emendou missão oficial nos EUA com férias e conseguiu fazer entrar no país sua mulher e filhos, apesar do bloqueio a brasileiros, como mostrou o site Metrópoles.
O Painel questionou o órgão sobre o motivo do convite e qual é a lotação oficial de Fabio Maiurino, mas as perguntas não foram respondidas.
"A missão oficial a qual se refere, desenvolveu-se de acordo com a lei e o regulamento vigentes, e, seus integrantes foram escolhidos seguindo critérios administrativos e técnicos, adequados ao objeto do evento ocorrido", disse a PF.
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