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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Olavo de Carvalho não passou pela imigração para sair do Brasil e voou do Paraguai para os EUA

Esposa do escritor comprou em dinheiro passagens de Assunção um dia após ele ser intimado pela PF

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A saída à francesa do Brasil de Olavo de Carvalho após ser intimado pela Polícia Federal envolveu compra de passagens em dinheiro, viagem de carro até o Paraguai e cruzamento da fronteira sem passar pela imigração.

Como mostrou o Painel, o guru do bolsonarismo saiu do país depois de a PF o chamar para depor e alegou problemas de saúde para não comparecer à oitiva.

Já nos EUA, gravou um vídeo em que negou ter saído para se esconder do depoimento e disse que lhe ofereceram passagens de última hora.

As informações são do inquérito sobre a existência de milícias digitais, no qual Olavo foi intimado.

O filósofo Olavo de Carvalho foi entrevistado por Pedro Bial nos Estados Unidos
O filósofo Olavo de Carvalho foi entrevistado por Pedro Bial nos Estados Unidos - Globo

Ele foi intimado no dia 9 de novembro. Um dia depois, a esposa do escritor comprou duas passagens para Miami com saída de Assunção, no Paraguai, previstas para o dia seguinte.

A compra foi realizada em um agência de viagens e o pagamento foi feito em dinheiro.

Ainda no dia 10, após a aquisição dos bilhetes, Olavo saiu sem avisar da clínica onde estava internado. O estabelecimento registrou a saída como "evasão do paciente".

Depois de deixar o local, o casal remarcou as passagens para o dia 13 de novembro, quando decolaram rumo aos EUA.

Ele viajou de carro até o Paraguai e não passou pela imigração ao sair do Brasil.

Em 16 de novembro, o guru do bolsonarismo gravou um vídeo nos EUA em que negava qualquer relação entre sua saída e o depoimento. Ele também não admitiu ter sido intimado.

"Eu estava no hospital e me ofereceram um voo repentino para dali a 15 minutos. Eu não ia perder essa oportunidade", disse em vídeo gravado já nos EUA.

Olavo diz que a "coisa foi tão rápida" que não foi possível se despedir dos médicos e enfermeiros do hospital em que estava internado. "O pessoal chama de saída à francesa", disse.

O escritor foi chamado a depor no inquérito que apura a existência de uma milícia digital voltada a desacreditar a democracia e as instituições.

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