A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar o ataque hacker aos sistemas do Ministério da Saúde que derrubou o site da pasta.
O ataque foi na madrugada e o site continua fora do ar até a tarde desta sexta (10). Um aviso inserido pelos invasores na página avisava ao usuário que dados haviam sido copiados e excluídos e estavam sob controle do invasor.
O incidente foi no ambiente de nuvem pública, o AWS da Amazon, e houve comprometimento dos sistemas de notificação de Covid, do programa nacional de imunização e do ConectSUS.
Os bancos de dados dos sistemas não foram criptografados.
Após ser acionada, a PF enviou uma equipe do núcleo de Operações de Inteligência Cibernética e realizou as primeiras perícias no data center da pasta.
Na análise preliminar, a PF constatou não ter havido o sequestro de dados e hipótese principal é a de que a ação criminosa foi motivada por ativismo político na internet.
Sobre a possível perda dos dados, os técnicos ainda avaliam qual foi o impacto da ação.
A investigação aberta mira os crimes de invasão de dispositivo de informática, interrupção ou perturbação de serviço informático de utilidade pública e associação criminosa.
O ataque foi reivindicado pelo Lapsu$ Group. Em fóruns na internet, o grupo anuncia ter sido responsável por invasões a outros sistemas.
O governo Bolsonaro, logo após o ataque, decidiu adiar em uma semana a aplicação das regras para ingresso de viajantes no Brasil.
As medidas como quarentena de cinco dias para não vacinados e comprovante de vacinação na fronteira terrestre começariam a valer no sábado (11).
A decisão foi tomada na manhã desta sexta (10) e foi anunciada pelo secretário-executivo da Saúde, Rodrigo Cruz.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, cobrou punição exemplar para os culpados pelo ataque e disse ser possível recuperar os dados acionados pelos hackers.
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