Painel

Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Painel

Vitória dos estudantes, Bolsonaro não fez mais do que a obrigação, diz presidente da UNE sobre Fies

É uma luta para tirar estudantes do limbo e procurar emprego, diz Bruna Brelaz

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Bruna Brelaz, presidente da União Nacional dos Estudantes, diz que a edição de uma MP (medida provisória) para permitir a renegociação de dívidas com o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) por Jair Bolsonaro (PL) foi fruto de mobilização dos estudantes, que se articularam com movimentos da educação e conversaram com parlamentares para tratar do tema.

"É uma luta histórica da UNE. Com o aprofundamento do desemprego, da fome e da miséria, a gente considera a MP uma possibilidade de concretização dessa luta. A gente considera uma vitória importante que precisa ser viabilizada urgentemente para que diversos estudantes do país possam renegociar e até mesmo conseguir o perdão da dívida do Fies", diz Bruna.

Bruna Brelaz, presidente da UNE
Bruna Brelaz, presidente da UNE - Zanone Fraissat/Folhapress

Ela diz que os estudantes devem manter a pressão sobre o Congresso durante a apreciação da Medida Provisória.

"Não pode parecer ato isolado do Bolsonaro, que faz isso por motivo eleitoral. Ele não fez mais do que a obrigação. Consideramos uma vitória nossa a partir de uma mobilização. Ainda que a gente defenda o perdão integral das dívidas, as porcentagens mostram que existe razoabilidade na garantia do perdão quase integral", completa.

Segundo a MP editada por Bolsonaro, estudantes inscritos no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal) ou beneficiados pelo auxílio emergencial podem receber desconto de até 92% do valor devido.

Nos casos restantes, o abatimento máximo é de 86,5%. A medida beneficia alunos que aderiram ao Fies até o 2º semestre de 2017 e apresentam débitos vencidos e não pagos há mais de 1 ano.

"O Congresso e os governos já perdoaram dívidas de outros setores que não têm tanta necessidade, como os setores empresariais, os ruralistas. Esse movimento de perdoar dívida estudantil é uma luta que a UNE considera importante para tirar os estudantes do limbo, para que eles consigam se formar, procurar emprego", conclui Bruna.

A MP foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União de quinta-feira (30). Pressionado pela provável candidatura em 2022 do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro decidiu dar fôlego à proposta, como mostrou a Folha.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.