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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Para o PT só tem sentido um governo que inclua, diz Gleisi sobre revogar reforma trabalhista

Presidente do partido e Lula apontaram 'contrarreforma' na Espanha como um exemplo

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Gleisi Hoffmann, presidente do PT, diz ao Painel ao ser perguntada a respeito da revogação da reforma trabalhista caso o partido retorne ao poder que para a legenda "só tem sentido um governo que inclua".

Segundo ela, "o desenvolvimento do Brasil só é possível se o povo tiver acesso a emprego com garantia de renda digna e direitos assegurados, o que garante consumo. Sem isso teremos mais concentração de riqueza, o que deixa o país pobre".

Como mostrou o Painel, ela e o ex-presidente Lula abordaram o tema nos últimos dias. Nas redes sociais, Gleisi falou em "notícias alvissareiras".

"Argentina revoga privatização de empresas de energia e Espanha reforma trabalhista que retirou direitos. A reforma espanhola serviu de modelo para a brasileira e ambas não criaram empregos, só precarizaram os direitos. Já temos o caminho", publicou a deputada.

Nesta terça-feira (4), Lula escreveu que é importante que os brasileiros acompanhem o que está acontecendo na Espanha, "onde o presidente Pedro Sánchez está trabalhando para recuperar direitos dos trabalhadores".

O ex-presidente compartilhou reportagem do site Brasil de Fato com o título "Espanha revoga reforma trabalhista que precarizou trabalho e não criou empregos".

Na Espanha, a nova reforma, chamada também de "contrarreforma", revisa uma que foi feita em 2012 e que teria impulsionado a precarização das condições de trabalho no país.

Entre outras medidas, a reforma atual extingue os contratos por obra, limita os contratos temporários (que correspondem a cerca de 25% dos empregos no país) e estabelece regras mais rigorosas nas terceirizações.

Reportagem da Folha mostrou que quatro anos depois da entrada em vigor da reforma trabalhista, completados em novembro, o saldo é de queda no número de ações na Justiça do Trabalho, mas o número de empregos anunciado pelo governo à época ficou só na promessa.

O governo Michel Temer chegou a divulgar durante a tramitação da proposta que era estimada a geração de 6 milhões de empregos em até uma década com a aprovação —2 milhões apenas nos dois primeiros anos.

A Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no entanto, mostra uma história diferente: a taxa de desocupação trimestral, que chegou a ficar entre 6% e 7% em 2014, subiu para 8,7% em agosto de 2015 —considerando-se trabalhadores formais, informais, por conta própria, entre outros.

Em meados de 2017, antes da mudança na legislação, a desocupação era de 12,6%. Dois anos depois, em 2019 e antes da pandemia, estava em 11,8%. Em 2021, já com a crise sanitária, o mercado de trabalho sofreu um novo golpe e o desemprego tem oscilado acima disso, entre 14,7% e 13,2%.

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