Os cenários discutidos na reunião entre o ex-presidente Lula, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), e o senador Otto Alencar (PSD) geraram revolta entre parlamentares petistas do estado.
Segundo relatos, Costa teria levado proposta segundo a qual Otto Alencar seria o candidato a governador, o PP indicaria o vice (o atual é do partido, João Leão) e ele próprio se lançaria ao Senado.
Sobraria, na equação, o senador Jaques Wagner (PT), atualmente pré-candidato ao governo. A costura estaria sendo feita para atrair o PSD para uma aliança nacional em torno de Lula.
A bancada baiana do PT acusa o atual governador de tentar passar a perna no partido em benefício próprio, dado que, segundo eles, PSD e PP estão satisfeitos com a atual costura, com Jaques como candidato ao governo, PP na vice e PSD no Senado.
Esses parlamentares dizem que uma candidatura de Alencar ao governo prejudicaria a bancada, que prevê crescimento com Lula e Jaques. O senador do PSD diz ao Painel que não há qualquer outra possibilidade para ele que não seja a disputa à reeleição.
Eles também criticam Costa por ter levado uma proposta que, para eles, parece diminuir a importância do estado no interior da legenda.
Enquanto em São Paulo o partido bate o pé para a manutenção da candidatura de Fernando Haddad (PT) diante da pressão do PSB para que ele desista e apoie Márcio França, na Bahia o próprio governador sugere a desistência.
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