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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Frase de diretor do MBL sobre destruição de Israel gera reação de judeus

Coordenador do movimento na Bahia se retratou e disse que tuíte foi feito em contexto de brincadeira

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Uma postagem de um dos líderes do MBL (Movimento Brasil Livre) na Bahia de 16 de janeiro gerou protestos de grupos judaicos, por expressar o desejo de que o Estado de Israel "seja destruído por uma grande guerra".

O movimento está na berlinda após um de seus principais representantes, o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), ter se manifestado em uma live nesta semana contrariamente a que o nazismo seja considerado crime no Brasil.

Integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre), em congresso da entidade no ano passado - Ricardo Matsukawa / UOL

A postagem foi feita no mês passado por Ricardo Almeida, coordenador do movimento na Bahia. "Há muito antijudaísmo conspiratório circulando no mundo islâmico, mas o vínculo não é necessário. Eu mesmo não tenho qualquer laivo antissemita e desejo que o Estado de Israel seja destruído por uma grande guerra, quando a perspectiva de guerra vitoriosa contra Israel existir", escreveu ele.

O texto foi rebatido, entre outros, pelo grupo Juventude Judaica, que disse que a postagem era antissemita. "Chega de antissemitismo! Se você quer que o único país judaico do mundo seja destruído então você quer que os judeus também sejam. É isso, não vamos aceitar mais nos dias de hoje e nem no Brasil", escreveu o grupo.

Grupo judaico reage a tuíte de diretor do MBL em que expressa desejo de que Israel seja destruído - @juventudejudaica no twitter

Cobrado em redes sociais e grupos de WhatsApp, o MBL se retratou. "O post com a piada de péssimo gosto foi apagada e a retratação está em vídeo. Nosso posicionamento pró-Israel é claro e não vem de hoje", afirmou Kataguiri.

Em vídeo, Almeida, que é muçulmano, e o coordenador nacional do MBL Renan Santos disseram que a postagem foi um "exagero retórico" e pediram desculpas.

Em nota enviada ao Painel, Almeida afirmou que "rejeita peremptoriamente o antissemitismo e o antissionismo e todos os seus desdobramentos criminosos".

Ele declarou que o MBL "tem membros cristãos, judeus, ateus, candomblecistas, espíritas, e muçulmanos, que convivem harmoniosamente e brincam uns com os outros".

O tuíte, declara, foi escrito nesse contexto. "Não pretendo a 'destruição' de Israel, mas a solução pacífica do conflito. Quanto ao MBL, a posição do movimento é bem conhecida na defesa de Israel como única democracia do Oriente Médio e de proximidade ativa com a comunidade judaica", afirmou.

Líder importante da comunidade judaica no Rio, o jornalista e advogado ​Ronaldo Gomlevski disse que "qualquer pessoa, brincando ou não, que fale sobre a destruição de um país, esta cometendo um equívoco".

Diretor-geral do programa Menorah na TV e da revista Menorah, ele afirmou que aceita o pedido de desculpas de Almeida e que não considera o MBL inimigo de Israel.

"O MBL não tem nada contra Israel, falo por todo o relacionamento que tive com essas pessoas, que já recebemos aqui no Rio. Não são antissemitas", diz.

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